“Onda de protestos se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África, derrubou quatro ditadores em um ano e matou milhares.” Assim como na Primavera Árabe no Brasil também ocorreram vários protestos onde pessoas saem às ruas para reivindicar seus direitos.
Na Primavera Árabe tudo começou quando um jovem na Tunísia ateou fogo ao próprio corpo, já aqui no Brasil o estopim foi o aumento de vinte centavos nas passagens de ônibus em São Paulo.
“Aqui na terra de Drummond há bem mais do que uma pedra no meio do caminho”. Essas pessoas não foram às ruas somente pelos vinte centavos de aumento nas passagens de ônibus, mas por cada centavo que foi desviado da saúde e da educação durante tantos anos. Pela indignação do povo com a péssima condição dos transportes públicos, com a corrupção, com os grandes gastos nas obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Realmente, não é só uma pedra no meio do caminho.
Em cartazes levantados pelos manifestantes, observaram-se ainda outras reivindicações como o fim da PEC-37, a destituição de Renan Calheiros, o fim da chamada Cura Gay, a importação de médicos estrangeiros, dentre outras coisas.
Uma reivindicação especial, porém, chamou a atenção de telejornais ao redor do mundo. Manifestantes protestavam contra a atuação dos meios televisivos e a forma como estavam retratando a realidade das manifestações e a manipulação desses meios perante a sociedade, sendo assim, como lido em um cartaz, “se não tomarmos cuidado os jornais nos farão odiar os oprimidos e amar os opressores”.
Agora que o “gigante acordou” espera-se que assim como nos países do Oriente Médio e norte da África, não volte a dormir tão cedo e faça valer suas reivindicações até o fim, levando essas manifestações às urnas trocando a forma como é feita política no nosso país. Chegou a hora de parar de se importar com o placar de um jogo de futebol e ir pras ruas “porque a rua é a maior arquibancada do Brasil”.